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Entrevista ao Sr. Luís Teixeira - Locutor da Rádio Geice

1. Como iniciou a sua carreira como locutor de rádio?

Foi como uma brincadeira, tinha o hábito de brincar às rádios, com o meu irmão mais novo, que atualmente trabalha nesta área. Costumávamos brincar às rádios, ouvíamos outras estações e gravávamos num rádio com cassete. Além disso, outra situação que me inclinou à comunicação foi o facto de ser rádio amador. Comecei muito cedo como uma brincadeira com a oferta de uns walkie-talkies, aqueles rádios pequeninos para comunicar à distância.


2. Como iniciou o seu percurso na rádio GEICE?

Foi por casualidade porque um irmão mais velho estava a ouvir rádio e a dada altura percorreu as frequências da rádio e começou a ouvir uma emissão experimental, no dia 0 de emissão da rádio GEICE. O colega, que era o único disponível no local, disse qualquer coisa como: “GEICE - grupo de estudo investigação das ciências experimentais, associação sem fins lucrativos, emitindo a partir das antigas instalações do hospital”. Ele, sabendo que nós gostávamos de rádio, veio-nos transmitir esta mensagem. Nós, num ápice, saímos porta fora, fomos até ao local, procuramos saber onde era, entramos e fomo-nos oferecer. E foi assim que surgiu o primeiro passo. Depois foi tudo evoluindo ao longo do tempo.


3. Como é o seu dia-a-dia na rádio GEICE?

É muito atribulado, confesso. Já foi mais, é verdade, agora não é tanto assim, mas é atribulado. Estou na rádio de manhã até ao final do dia. Sempre preenchi as manhãs da rádio. Desde muito cedo que comecei a fazer o programa às 05h00 da manhã. Mas também fazia o programa da noite, o que é mais complicado, pois tinha de me levantar muito cedo. À noite, fazia e ainda faço o programa dos "discos pedidos", que acontece entre as 20h00 e as 21h00. A partir de uma dada altura o programa da manhã alterou-se das 05h00 para as 06h00. Presentemente o programa decorre entre as 08h00 e as 10h00. Depois à tarde tenho a parte comercial, na qual angario clientes para patrocínios para a rádio. A publicidade é um meio de subsistência da rádio, é o alicerce principal, não há outra fonte que não seja a receita comercial. Ao final do dia, encerro o meu ciclo de rádio com o programa “discos pedidos”.


4. Quais são os programas que faz na rádio?

Faço o programa da manhã, o programa de entrevistas e o programa dos discos pedidos, ou seja são três programas. Também colaboro noutras atividades e programas, nomeadamente no desporto.


5. Qual a situação mais caricata/engraçada que já lhe aconteceu no programa “Discos Pedidos”?

Por acaso já aconteceu. O programa dos discos pedidos já teve dois formatos, um em direto e outro sem ser em direto. As pessoas ligavam ou escreviam mensagens, que eram lidas por mim ou por um colega durante o programa, ou então telefonavam e anotávamos o pedido para depois dizer na rádio. Presentemente é em direto e numa dessas situações, ainda nas antigas instalações do antigo Hospital de Viana, em que eu estava a atender um ouvinte, o senhor telefona muito chateado com outra pessoa, cumprimenta e pede a música. Já no final, pede para deixar um recado que ninguém sabia qual era. E então resolve dizer um palavrão, situação que resolvi no imediato cortando a emissão. Esta foi a situação mais caricata de muitas outras e é algo que pode acontecer num programa em direto.


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