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Entrevista à Dra. Filomena Araújo - Diretora Técnica e Vice-Presidente da APCVC


1. Como começou a sua atividade profissional como psicóloga?

A minha atividade profissional como psicóloga começou assim que acabei o curso de psicologia. Durante o curso fiz a especialização na área das necessidades educativas especiais e estagiei na APPACDM do Porto. Quando terminei, iniciei funções na APPACDM de Viana do Castelo, onde trabalhei 11 anos. Em 2005 comecei a trabalhar na APCVC, onde estou até hoje. Trabalhei sempre na área da educação especial.


2. Quando iniciou as suas funções na APCVC?

Informalmente iniciei a atividade a 7 de maio de 2002, quando foi constituída a Comissão Instaladora que criou o então Núcleo de Viana do Castelo da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral. Entre maio de 2002 e outubro de 2005 estive sempre como voluntária. Quando abrimos em outubro de 2005, comecei como diretora técnica e como psicóloga, ou seja, com as duas funções. Neste momento estou apenas como diretora técnica.


3. Sabemos que acumula vários cargos na APCVC. Como é o seu dia a dia?

É complicado. Acumulo funções como diretora técnica da instituição e como vice-presidente ou seja, sou eu que muitas vezes represento a associação em atividades externas, cerimónias e outros eventos para os quais a associação é convidada. Além disso, sou também neste momento gestora do sistema de qualidade. Sou ainda vice-presidente da união distrital das IPSS, que é uma estrutura distrital que coordena e apoia todas as instituições particulares de solidariedade social.


4. Quais são os novos projetos da APCVC para o próximo ano?

Esta casa não para, tem muitos projetos. Estamos a aguardar a abertura de uma candidatura para financiamento da construção de um novo centro. Iniciamos esta semana um novo projeto de apoio a alunos com necessidades educativas especiais – o Centro de Recursos para a Inclusão. Durante este ano teremos outro projeto, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, para apoio a crianças e jovens com deficiência durante as férias escolares. Estamos a aguardar resposta às candidaturas que fizemos a vários projetos, entre os quais o apoio para a intervenção precoce. Daremos notícias sobre os mesmos nos próximos meses.



5. Quando está previsto o início da construção do novo centro de reabilitação da APCVC?

Em 2014, abrirão candidaturas para um novo quadro comunitário que financia muitos destes projetos. Temos esperança de conseguir verba para a construção do novo centro. A partir da aprovação ainda decorrem 3 a 4 anos.


6. Como vê atualmente a integração dos jovens e adultos com paralisia cerebral na nossa sociedade?

Trabalho há 23 anos nesta área e tenho visto uma evolução muito grande. Há 23 anos quase não víamos ou eram muito poucos os jovens e adultos com deficiência, fosse de que tipo fosse, enquadrados ou que estivessem envolvidos em atividades na comunidade. Hoje em dia já é de consenso geral que todos devem participar nas atividades da sociedade e devem estar integrados desde a educação, ao trabalho, ao desporto, em atividades voluntárias. Acho que temos vindo a melhorar mas estamos longe ainda do que seria o ideal, ou seja, em que não houvessem barreiras, em que todos pudessem participar e, especialmente, que os jovens e adultos capazes estivessem enquadrados no mercado de trabalho. Melhoramos muito ao longo destas 2 décadas mas há ainda um longo caminho a percorrer.


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