Entrevista ao Sr. João Meira, Presidente da APCVC
1. Quando e como surgiu a instituição?
A APCVC surgiu há cerca de 10 anos, fruto do esforço de um grupo de pais, técnicos e voluntários, que se juntaram num grupo de trabalho, com o objetivo de criarem uma estrutura de apoio a crianças, jovens e adultos com Paralisia Cerebral. Eu próprio sentia essa necessidade, uma vez que tenho um filho com 15 anos (…). Passados 3 anos deste esforço inicial, criados os estatutos e tendo-se procedido a obras de adaptação do espaço, a APCVC viu aprovado o acordo de financiamento com a Segurança Social e iniciou o seu trabalho a 3 de Outubro de 2005.
2. Dá muito trabalho ser presidente da APCVC?
Nem muito, nem pouco e é com gosto que o faço. Eu não trabalho sozinho, a direção é composta por vários elementos e as responsabilidades e o trabalho é partilhado. Eu não sou técnico, nem médico. A minha atividade profissional é da área comercial e na área técnica, não interfiro muito, porque não me sinto muito habilitado. Nos primeiros anos foi mais trabalhoso, porque foi necessário montar a resposta jurídica, supervisionar as obras de adaptação do edifício, entre outras coisas. Agora passa mais pela gestão de recursos e procurar novos apoios para financiar os novos projetos e como disse, eu não trabalho sozinho.
3. Qual o futuro da APCVC?
O futuro é promissor. Quando temos um objetivo temos de lutar por ele e isso faz com que não paremos. O nosso principal objetivo é construir uma nova estrutura de raiz, de maiores dimensões. Negociámos com a Câmara Municipal de Viana do Castelo e estabelecemos um acordo para a cedência de um terreno para construção. Este terreno fica situado na freguesia da Meadela, junto ao estádio Manuela Machado e tem cerca de 4000 m2.
A construção deste centro permitirá a abertura de novos serviços – Centro de Atividades Ocupacionais e Lar Residencial – e aumentar a capacidade de resposta, com mais equipamentos – refeitório, piscina, espaços ao ar livre, (…).
4. Quer continuar a ser presidente da APCVC?
No ano anterior, houve eleições e fui convidado pelos meus colegas a continuar. O meu trabalho será sempre o mesmo, quer seja presidente ou não. Estarei sempre disponível para continuar a colaborar. O cargo não me diz muito, mas sim aquilo que faço. É claro que gosto de ser presidente (risos), mas gosto de ser discreto.